
SOBRE
O INSTITUTO
O instituto tem o intuito de produzir pertencimento humano através do olhar para desenvolvimento íntimo, do meio ambiente e da consciência social.
MISSÃO &
HISTÓRIA.
Há alguns anos, o Instituto Ciclo da Vida surgiu com um grande objetivo: ser realmente social, olhar para nossa casa, o Planeta Terra, e gerar consciência. Assim, olhamos para nós mesmos e resolvemos colocar as mãos na terra e plantar o nosso amanhã de maneira regenerativa.
Ao longo desses anos, estamos implementando projetos sólidos com o olhar no amanhã. Agora, com mais experiência, o instituto se estabelece e amplia sua influência para diversas áreas de preservação.
Um dos nossos marcos é a proteção permanente de 44 hectares da valiosa Floresta Uaimii, por meio do projeto "Uaimii Eu Cuido - A Fantástica Fábrica de Ar".
Além disso, estamos profundamente comprometidos no desenvolvimento social com a conexão e promoção dos "Mudadores de Mundo".
Também percebemos a importância do desenvolvimento humano dos indivúduos, e fazemos isso através do projeto "Aprendendo a Viver"
Nosso propósito é claro: como mudadores, redirecionar a vida para um caminho mais sustentável e natural, pensar antes de agir e assim encantar o mundo. Esta é a história em constante evolução do Ciclo da Vida - uma jornada de crescimento, aprendizado e impacto positivo que continua a se desdobrar diante de nós, com a esperança de um mundo melhor.
MANIFESTO.
Carta para a vida
Imagine quantas formigas vivem em sua casa. Elas estão por todas as partes. Será que somos donos do mundo?
Precisamos abraçar a Terra como nossa casa, como abraçamos nossa mãe. A Terra é um milagre e a vida permanece um mistério. Partimos do entendimento da vida dentro do que somos hoje, entender o real tamanho que queremos ser, ao invés do que queremos ter. Temos que melhor nos conscientizar sobre a população mundial, entender o espaço que estamos ocupando, e passar a respeitar o espaço das formigas e de todos os outros seres vivos. Lembrar que tudo está interligado.
Existe uma teoria sobre os Rapanui, habitantes da Ilha de Páscoa, que pode servir para refletirmos: Eles consumiram seus recursos e devastaram suas terras. Por estarem isolados de tudo, sua sociedade implodiu em conflitos sociais, revoltas e fome. Eles não sobreviveram. Eles não reagiram a tempo.
Temos que reagir a tempo para não seguirmos o caminho dos Rapanuis, temos que assumir a responsabilidade pelo que estamos fazendo. Para de explorar a Terra e olhar para o Céu. Acolher o Sol, trabalhar a moderação, a inteligência e o compartilhar.
Devemos superar a era petroquímica, esses bolsões de luz solar de milhões de anos atrás, armazenados nas profundezas de nosso planeta. Abandonar a monocultura, e desmilitarizar.
Devemos desconstruir os conceitos de cidades e olhar para vilas urbanas sustentáveis, ou distritos eco amigáveis, como em Friburgo, na Alemanha. Nossas casas devem produzir sua própria energia.
Não precisamos abandonar a tecnologia, mas usá-la de forma correta. Atentos ao consumo consciente, ao comércio justo. Em uma hora, o sol dá à Terra toda energia que é consumida pela humanidade em um ano. Precisamos olhar para o Céu.
Devemos repensar as formas de nos locomovermos, nos atentarmos ao que sobra de nosso consumo, precisamos reciclar, reutilizar e regenerar.
Entender e proteger as Águas. O rio Jordão não existe mais. A Índia será a primeira a morrer de sede. Las Vegas e Palm Springs são oásis que desviam tanta água que o Rio Colorado não tem mais força para alcançar o Golfo do México. Gastamos 100 litros de água para produzir 1kg de batata, 4000 litros de água para produzir 1kg arroz, e 13000 água para 1kg de carne. Devemos respeitar os rios para que o Ciclo da Água continue a acontecer. 5000 pessoas morrem por dia por causa de água poluída. Já a água potável não alcança 1 bilhão de habitantes.
Devemos rapidamente mudar nossa forma de nos alimentarmos. Ao mesmo tempo que os grãos devem ser vistos como nossa maior riqueza, devemos abandonar a monocultura, responsável por causar danos irreparáveis a 40% das terras aráveis. A permacultura deve ocupar rapidamente seu lugar. 50% dos grãos são usados para alimentar animais ou produzir biocombustíveis. Devemos banir os pesticidas tóxicos que envenenam não só a terra e os cursos d’água, como nós mesmos, e utilizar culturas permanentes e biofertilizantes. A agricultura consegue alimentar toda a civilização, se a produção de carne não tirar a comida da boca das pessoas. A fome já está se espalhando novamente e afeta quase 1 bilhão de pessoas neste antropoceno. Os peixes estão deixando de existir, pois não lhes damos o tempo necessário para que possam se reproduzir. O gado está armazenado em campos de concentração.
Temos que lembrar que somos mais sensíveis do que as formigas? E quando o petróleo acabar? Ou pior, a água? A vida na Terra pede socorro. Não me refiro às formigas, e sim a nós, os seres "Humanos". Temos que parar de minerar e passar a reutilizar o que já temos. Mas e nossos empregos? Minerando, plantando soja, dendezeiros ou eucaliptos, estamos trocando nossas próprias vidas por empregos. Estamos destruindo o essencial para produzir mais e mais do supérfluo.
O Haiti já não pode mais alimentar sua população, pois trocou o essencial por "empregos" oriundos da produção carvão. Um cemitério de árvores que fazem a Terra chorar em erosão, contaminando a água e impedindo o plantio, pois o húmus não existe mais.
Precisamos nos tornar árvores e, como elas, acolher os ¾ da biodiversidade do planeta que, bem como as formigas, nelas se abrigam. As árvores são as verdadeiras guardiãs: armazenam carbono e são a base do equilíbrio primário. Elas nos fornecem medicina que curam nosso corpo, mas, mesmo assim, estamos transformando floresta em carne, quando cultivamos grãos. Amazônia e Bornéu estão desaparecendo. Todos os anos, 13 milhões de hectares são desmatados.
Seremos refugiados do Clima? 1 em cada 4 mamíferos, 1 em cada 8 pássaros, 1 em cada 3 anfíbios estão ameaçados de extinção. Nós seremos os próximos? Quando Dubai entender que a maior riqueza que ela tem está no sol, não em bolsões solares, ela será ainda mais rica. 20% da população mundial consomem 80% dos recursos.
Ao me sentar ao pôr do sol e sentir o calor que preenchia meu coração, percebi que escrever para vida seria muito mais difícil do que eu imaginava. Percebi que precisaria ir além do formigueiro para entender a real mudança que seria necessária. Assim, me propus a vasculhar meu interior, com o intento de descobrir o que eu poderia mudar em mim, para ser parte da mudança desse novo mundo. Natural. Penso ser esse o único caminho a seguir, o da sobrevivência madura.
A Maturidade de preservar a vida e aprender com as árvores a escutar o mundo à minha volta, é um momento de serenidade de alma. Devemos entender que precisamos transformar a forma com que nos relacionamos com a Terra. Escutar que devemos descobrir nossos limites, deixar espaço para o outro e entender nosso tamanho.
A Terra precisa respirar. Não precisamos ser tão rápidos, tampouco entender tudo. Não precisamos ser donos de nada, muito menos do próprio mundo. Não precisamos comer tudo, apenas viver de forma natural.
Imagine quantas formigas vivem em sua casa. Elas estão por todas as partes.
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Dan Bittermann - Guardião Natural
PARCEIROS.
Ao longo de uma década, o Ciclo da Vida - Aprendendo a Viver tem contado com o apoio de empresas comprometidas com o bem-estar e o desenvolvimento pessoal. Esses parceiros não apenas oferecem suporte, mas também compartilham recursos e expertise, ampliando nosso impacto e alcance. Sua colaboração é fundamental para expandir nossas iniciativas e promover uma sociedade mais saudável e emocionalmente consciente. Agradecemos sinceramente a essas empresas por sua parceria e compromisso contínuo em nossa jornada de uma década rumo ao bem-estar comunitário.










PRINCÍPIOS.
Em um processo de estudo pessoal, desenvolvemos uma lista que tem como propósto dar sentido e balizar as práticas culturais regenerativas. São práxis de mudança de comportamento social, que uma vez aplicadas favorecem o convivio regenerativo com as pessoas e o meio que nos cerca. Algo para que possamos igualar a linguagem e nos inspirar e praticar no dia a dia, cada uma delas. Experimente!
Escolha: estudo de percepção de mim mesmo, auto-conhecimento. Eu não posso fazer com que os outros mudem, mas posso mudar o mundo, escolhendo como vou atuar através de minhas ações. É a prática de olhar como eu me relaciono com o meio ambiente e com as pessoas. O mundo reflete aquilo que temos dentro de nós!
Criatividade: é atuar no mundo aberto e confiando nas novas possibilidades. Sair da zona de conforto. Se queremos fazer algo novo, precisamos (nos libertar) matar o que é velho, gerando um novo ciclo. Fazer diferente!
Oferecimento: não se compartilha algo vazio, para que possamos transbordar precisamos ofertar. Ao transbordarmos nossos próprios limites pessoais, podemos criar um campo de abundância que promove confiança e harmonia.
Dignidade: é cultivar o merecimento e pertencimento, estarmos prontos para receber.
Participação: o envolvimento social gera elos e pertencimento. Ubuntu - Sou quem sou, porque somos todos nós!
União: integrados e alinhados realizamos mudanças melhores e mais conscientes. É cuidar de cada pessoa: “toda corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco”. Fortalecemos nossos elos cultivando nossas relações.
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Cuidado: promoção de segurança econômica e estímulo a atividades de mutirões, cooperativas, apoio a saúde emocional e física, acolhimento, aconselhamento, consultoria e convênios. Você cuida de quê neste mundo?
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Autogestão: chamar para si e para os coletivos que pertence tudo aquilo que podemos fazer por nós mesmos. Desta forma, assumimos e oferecemos ações, atitudes e lideranças necessárias dentro das áreas das capacidades e competências de cada um. Somos responsáveis pela nossa realidade!
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Transformação: você é o que oferece ao mundo. É a combinação de nossa vocação, missão, paixão e profissão. Como você gostaria de transformar esta realidade?
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Cooperação: ação e atitude considerando a importância das relações sociais e ambientais, vivenciando a “mudita”, a sensibilização pela alegria alheia.
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Compartilhamento: nossas escolhas de consumo promovem uma economia melhor distribuída, reduzindo a concentração de poder. Pensamos: “o seu dinheiro empodera quem?”
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Consumo consciente: é estar atento às implicações decorrentes daquilo que você consome. Avaliamos a interferência em sua saúde, impactos ambientais, econômicos e éticos e estéticos…
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Visão cíclica: somos natureza e integramos nossos ciclos ao meio ambiente. Percebemos como a natureza se relaciona conosco.
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Inspiração: dedicamos nosso tempo, atenção e apreciação para bons exemplos, para ações transformadoras, para notícias que trazem positividade e motivações para os sonhos.
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Diversidade: somos vida - para que a vida aconteça, precisamos honrar as diferenças e percebê-las como sagradas: nem todos vão ser iguais, pensar igual, agir igual ou ter os mesmos rituais e é isso que permite gerar vida, somar. A soma das diferenças promovem o novo, além de nossa capacidade individual.
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Visão sistêmica: estamos todos interligados, nossas ações têm reflexo no meio que nos envolve. Entendemos a terra como um organismo único - teoria de Gaia. É perceber as múltiplas camadas de hólons, expandindo, e reduzindo as dimensões.
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Simplicidade: é ter a humildade de reconhecer seu próprio tamanho, nem maior, nem menor. É praticar o viver como um ritual. Observar uma flor se abrindo, experimentar o prazer de comer um alimento plantado por suas próprias mãos, é ver Deus nas asas de uma borboleta, em seus dedos dos pés e no brilho da lua. Praticar o não-seísmo - não precisamos explicar aquilo que não sabemos, apenas sentir a presença de Deus na própria existência.
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Consciência: é a ciência da relação com o ambiente e com as pessoas. Assumimos responsabilidades por pegadas, atitudes, ações e sobrevivência nossas e dos demais que influenciamos através de nosso comportamento. É atuarmos no mundo, de forma integrada, ir além da sustentabilidade, agir de forma regenerativa.
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Encantamento: é estar em estado de presença, percebendo cada emoção, cores, formatos, cheiros, sabores daquilo que se está experimentando. O encantamento é a expressão máxima da realidade em substituição ao que achávamos que era sólido e palpável. É o momento exato do encontro com Deus.